sexta-feira, 27 de março de 2009

O Papa foi na África




Foi o único assunto que ele tratou, sobre preservativos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cinismo

Arábia Saudita vai doar um bilhão de dólares para a reconstrução de Gaza.


Os Estados Unidos 900 milhões.


A União Européia 540 milhões.


União Européia, Estados Unidos e Arábia Saudita são cínicos.


União Européia e Estados Unidos em nenhum momento protestaram contra o genocídio do povo palestino.Arábia Saudita abastece Israel com seu petróleo. O mesmo petróleo que não chega aos palestinos.


Gaza continua cercada. Ninguém entra ou sai.Repetindo pela enésima vez. Não há combustível, não há água potável, não há energia elétrica, não há medicamentos e não há vergonha na cara da humanidade.


Fonte: Georges Bourdoukan

domingo, 8 de março de 2009

Entrevista com Eric Toussant

Entrevista com Eric Toussaint, Presidente do Comitê para a Abolição da Divida do Terceiro Mundo (CADTM), desde Havana:

OBAMA ESCOLHEU OS RESPONSÁVEIS PELA CRISE COMO ASSESSORES

Qual é tua opinião sobre a escolha da equipe de governo de Obama?
Toussaint: Obama escolheu os responsáveis pelo fracasso econômico. Alguns esperavam que ele designasse uma equipe econômica nova para levar a cabo um New Deal. Que Obama iria mudar completamente o capitalismo. Mas de fato escolheu os mais conservadores entre os democratas, os mesmos que tinham organizado a política de desregulação com Bill Clinton, no fim dos anos 90. A consistência das suas escolhas é reveladora, como se verá por três exemplos:
Robert Rubin foi Secretario do Tesouro de 1995 a 1999. Assim que assumiu teve que enfrentar a crise mexicana, a primeira do modelo neoliberal. Com o FMI, ele colocou em prática uma terapia de choque que só piorou a situação dos países que entraram em crise, como os do sudeste asiático em 1997-98, na Rússia e na América Latina em 1999. Ele nunca vacilou para afirmar os benefícios da liberalização e contribuiu para impor as políticas que fizeram deteriorar enormemente as condições de vida e as desigualdades nos países globalizados.
Nos EUA ele contribuiu para suprimir o Banking Act, votado em 1933, para garantir que os depósitos e investimentos dos bancos não estivessem nas mesmas mãos. Essa supressão abriu as portas para todo tipo de excesso no setor financeiro na obtenção de mais lucros e favoreceu o surgimento da crise internacional. Rubin favoreceu a concentração de poder do Citygroup, do qual ele se tornou depois um dos principais executivos, a quem o governo dos EUA recentemente entregou 300 bilhões de dólares. Apesar disso tudo, Rubin é um dos mais importantes conselheiros de Obama.
Lawrence Summers foi designado para a posição de Diretor do Conselho Econômico Nacional, um lugar dentro da Casa Branca. Em dezembro de 1991, quando era diretor geral do Banco Mundial, chegou a escrever: “Os países sub-povoados estão amplamente sub-poluidos. Sua qualidade do ar é desnecessariamente boa comparada com Los Angeles ou o México. (...) É preciso fazer migrar poluentes industriais para os países menos desenvolvidos (...) é muita preocupação sobre o fator de aumento do risco do câncer de próstata, do que em um país que 200 crianças por mil morrem antes de cinco anos.” Ele acrescentou, em 1991: “Não há limites no planeta para a capacidade de absorção no futuro previsível. O perigo de algum tipo de apocalipse devido ao aquecimento global ou algo assim não existe. A idéia de que o mundo está caminhando para o abismo é profundamente errada. A idéia de que poderíamos colocar limites no crescimento pelas limitações naturais é um grave erro; realmente, os custos sociais desse tipo de erro é enorme.” Na sua biografia na Universidade de Harvard se diz que ele “levou à prática o mais radical processo de desregulação em 60 anos”.
Timothy Geithner foi designado Secretário do Tesouro. Normalmente presidente e diretor executivo do Federal Reserve de Nova York, foi Sub-Secretario do Tesouro para Assuntos Internacionais de 1998 a 2001, com Rubin e Summers sucessivamente, sendo muito ativo nas questões referentes ao Brasil, ao Mexico, à Indonésia, à Coréia do Sul e à Tailandia, que são casos típicos de riscos do ultraliberalismo, que sofreram crises naqueles anos. As medidas implementadas por esse trio levou a que as populações desses países pagassem o preço das crise.
Como a América Latina está reagindo à crise?
Toussaint: Os países latinoamericanos acumularam 400 bilhões de dólares em reservas. O que não é pouco. Nas mãos dos Bancos Centrais, que necessitam ser utilizadas no momento oportuno para fortalecer a integração regional e resistir melhor aos efeitos da crise. Infelizmente, não criemos ilusões. A América Latina está perdendo um tempo precioso, com os governos, mais alem da retórica, desenvolvendo políticas tradicionais: assinando tratados bilaterais de investimento, aceitando ou dando continuidade a negociações sobre tratados de livre comércio, usando reservas para comprar bônus do Tesouro dos EUA (isto é, canalizando recursos para os países dominantes), adiantando pagamentos ao FMI, ao Banco Mundial e ao Clube de Paris, aceitando o Tribunal do Banco Mundial como lugar para dirimir diferenças com as transnacionais, continuando as negociações sobre livre comércio na agenda de Doha, manutenção da ocupação militar do Haiti.
E por que não avançam as negociações para a organização do Banco do Sul?
Toussaint: Em relação ao Banco do Sul, as discussões não progrediram. Temos que superar várias confusões e dar-lhe um caráter claramente progressista, cuja criação foi decidida em dezembro de 2007 por 7 países do continente. O Banco do Sul tem que ser uma instituição democrática (um país, um voto) e transparente (auditoria externa). Antes de usar dinheiro público para financiar grandes projetos de infra-estrutura que não respeitam o meio ambiente e que são desenvolvidos por empresas privadas cujo objetivo é obter os maiores lucros possíveis, temos que apoiar esforços dos poderes públicos para promover políticas como as de soberania alimentar, reforma agrária, o desenvolvimento de estudos no campo da saúde e do estabelecimento de uma industria farmacêutica que produza remédios genéricos de alta qualidade, reforcem as formas de transporte coletivo, utilize energias alternativas para limitar o impacto no desgaste dos recursos naturais, proteja o meio ambiente, desenvolva a integração dos sistemas educativos, entre outros.
Coloquei esta entrevista para reforçar o que venho dizendo em sala de aula e nos meus artigos. Obama não é substancialmente diferente, o presidente dos Estados Unidos segue tendências e "orientações". Os Estados Unidos da América, não podem retroceder mais, parar de se expandir é o suicídio para um país que depende de fontes energéticas e mineirais de outros países.
A crise capitalista não vai acabar com a "governança mundial" dos americanos, e muito menos com o capitalismo. Bom para o dono do chicote.

Felipe Liberal

Fonte da Entrevista: Blog do Emir

terça-feira, 3 de março de 2009

Balanço do Massacre


Para quem ainda não entendeu o que foi que ocorreu na Faixa de Gaza, aqui estão alguns números do que não foi uma guerra ou conflito, e sim, um genocídio!

Números do massacre:


Palestinos:

-Mortes – 1454, entre as quais 492 crianças, 265 mulheres, 116 velhos.
-Feridos - 6.500 feridos, dos quais 1.850 crianças e 557 mulheres.
-Mais de 20 mil casas e edifícios destruídos.

Armamento utilizado pelas tropas de israel:


Bombas de fósforo; Bombas de urânio empobrecido; Bombas de fragmentação; Bombas GBU-39; Explosivos DIME (25 por cento de TNT e 75 por cento de tungstênio, metal pesado); Morteiros guiados por GPS, um sistema equipado com navegação por satélite; Mísseis Spike. Rifles M16, Galil e o novo rifle Tavor TAR-21. Aviões teledirigidos; Helicópteros Apache e aviões de Guerra F16. Tanques Merkeva, Abraham M1 e barcos de guerra de ultima geração. Israel lançou 1005 bombas de mais de uma tonelada cada contra a população civil palestina na Faixa de Gaza.


Israelenses:

O saldo israelense foi de 13 mortos, sendo que oito foram vítimas de “fogo amigo”. Ou seja, mortos pelos próprios companheiros.

Apesar de todas essas barbaridades, ninguém comentou sobre isso. Ninguém sabe disso. A grande mídia não comenta, os "grandes jornalistas" não publicam e tudo termina sendo esquecido, como sempre foi esquecido, aquele povo palestino, um povo que não existe.


Felipe Liberal

Fonte dos números: Georges Bourdoukan