sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bem-vindos

Caros leitores, 

Começa hoje o Blog de Atualidades do site InfoEscola. Acreditando que a internet é o futuro do conhecimento ou da facilidade de conseguí-lo, estamos inaugurando mais este meio de informar e debater (neste caso sobre os temas atuais). 

O blog funcionará de maneira plural, aberto a sugestões e críticas. O espaço será destinado para entendermos o presente, sem esquecermos do passado e do futuro, que estão mais próximos do que imaginamos.

Sejam Bem-vindos.

Felipe Liberal

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Microsoft, Yahoo! e Google

A Microsoft, dona de parte do planeta, se juntou com o Yahoo!, para combater o Google, dono do seu computador (pois tem todas as informações das suas atividades gravadas em seu banco de dados). O Google possui mais de 60% da renda de publicidade do planeta virtual e as outras duas empresas dividem praticamente todo o resto.

É briga de cachorro grande, se matando para ver quem vai vigiar mais você. É a corrida da dominação do mundo.

Rússia e Cuba


Rússia e Cuba assinaram contratos que “definem as bases” para a companhia petrolífera russa Zarubezhneft prospectar petróleo na área cubana do Golfo do México, disse a imprensa oficial de Cuba na quarta-feira. Na sua edição online, o jornal do Partido Comunista Granma escreveu que quatro contratos de petróleo foram assinados durante a visita da terça-feira do vice-primeiro-ministro russo Igor Sechin à ilha, que foi aliada próxima do seu país durante a Guerra Fria. Cuba disse que pode haver 20 bilhões de barris em reservas de petróleo em seus campos ‘offshore’ (marítimos), mas apenas um teste de perfuração foi realizado

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pobreza

por BIU VICENTE


Uma das notícias da semana passada foi um conjunto de dados, uma pesquisa sobre a quantidade de jovens que serão assassinados nos próximos anos. È uma cifra acima dos vinte mil jovens mortos até o final da próxima década. Esses são índices positivos na luta contra a mortalidade infantil e tudo pode ser perdido na questão da sobrevivência de jovens até 19 anos. Bem, isto está de acordo com a proposta da Organização das Nações das Nações Unidas de fazer com que até 1015 seja reduzida a pobreza extrema na América Latina. Extrema pobreza significa quem vive com um dólar por dia. Há muitos brasileiros nessa situação e o estudo “Rumo ao objetivo de reduzir a pobreza na América Latina e no Caribe” apresentado pelo CEPAL, PNUD e IPEA, diz que “seis países continuariam a reduzir a incidência de pobreza extrema, mas a um ritmo muito lento”, entre eles está o Brasil, juntamente com a Costa Rica, El Salvador México e Nicarágua. Ao mesmo tempo estamos produzindo cada vez mais riqueza. O Brasil, por exemplo, espera estar entre as cinco maiores economias do mundo ao final da segunda década do século. Isso indica que continuará o processo de concentração de renda.

Podemos inferir que a pobreza continuará sendo combatida, principalmente com a concessão de bolsas que fazem crescer o consumo, mas que não garantem a melhoria efetiva da qualidade de vida. Pessoas continuarão a viver próximas a esgotos abertos, sem água tratada, sem acesso real aos benefícios criados pela civilização tecnológica. O que essas pessoas recebem, e algumas continuarão a receber, são os efeitos negativos, globalizados com maior facilidade. Para que esse quadro realmente mude, não é necessário o Estado total, pois se assim o fosse, as sociedades do antigo império soviético teriam realizado esse sonho. Mas é necessário que o Estado esteja presente, crie e direcione projetos para que a sociedade siga nessa direção desejada. Para isso carecemos de políticos que tenham uma visão para além dos seus interesses particulares e dos interesses de seus partidos; precisamos de políticos e partidos que sejam capazes de pensar além de apenas permanecerem no poder para seus enriquecimentos comprovados com a construção de castelos, mansões, além da compra de ilhas para seus repousos pessoais.

Mas com certeza algumas coisas já mudaram. No século XIX ocorreu, em Salvador, BA, a chamada Revolta da Chinela, que foi um protesto contra a escassez de farinha e carne para a alimentação dos pobres. Foi uma reação dos mais pobres contra a política governamental que não garantia os produtos para a alimentação básica dos mais pobres, esses que andavam de chinelas, pois o uso de sapato sempre foi apanágio dos que podiam pagar tal parte do vestuário. Depois veio o tamanco, influência que nos chega com a grande imigração do final daquele século, para acompanhar os pés dos pobres. O tamanco foi muito usado até meados dos anos sessenta do século passado, e hoje é utilizado para fazer o maravilhoso trupé do Coco Raízes de Arcoverde. Então foi se estabelecendo, cinqüenta anos depois da chegada dos japoneses, a sua sandália, feita de borracha, e uma das marcas tomou conta do mercado: as havaianas. Mas era utensílio das camadas mais pobres da população. Lembro-me que Enéas Álvares, quando trabalhava no Instituto Nacional do Cinema e eu ia ao seu escritório pegar filmes para apresentar no Alto do Refúgio, em Nova Descoberta, me perguntava por que eu tinha que ir ao seu escritório de sandália havaiana. Hoje, essas havaianas fazem sucesso no mundo globalizado, com famosos as usando nos pés e nas mãos. Entretanto, ainda escutei recentemente: por que é que o senhor está de havaiana?

E o que eu vejo é que muitas sandálias havaianas descartadas ainda são reaproveitadas por aqueles que vivem com um dólar diário.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Europa enfrenta crise de cartões de crédito


Os credores da Europa estão enfrentando uma onda crescente de inadimplência de crédito ao consumidor, enquanto a crise do cartão de crédito que causou bilhões de dólares em perdas nos bancos dos EUA se espalha por todo o Atlântico. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, da dívida dos consumidores nos EUA que totaliza US$ 1,914 bilhão, cerca de 14% vai azedar. Espera-se que 7% dos US$ 2,467 bilhões de dívida do consumidor na Europa será perdida, muito da queda ocorrendo no Reino Unido, a maior nação do continente com usuários de cartão de crédito. A organização britânica Linha de Dívidas Nacional disse que o número de chamadas que havia recebido dos consumidores preocupados com empréstimos, cartões de crédito e hipotecas em atraso atingiu 41 mil em maio - o dobro das 20 mil chamadas de maio de 2008. A organização acrescentou que o número de chamadas não mostra sinais de que vá diminuir. Nos EUA, a inadimplência com cartão de crédito tem aumentado ao longo dos meses, com o aumento no desemprego e a mais grave desaceleração econômica desde a Grande Depressão tendo sua porcentagem sobre os sobrecarregados consumidores.

sábado, 25 de julho de 2009

Afinal, por que os times brasileiros perdem tantas finais de Libertadores?

E o Cruzeiro, hein? Perdeu do Estudiantes, por 2 X 1, de virada, jogando em pleno Mineirão lotado. Creio que o time mineiro era superior, tecnicamente falando, ao clube argentino. Mas, parece que os cruzeirenses entraram num clima de 'já ganhou' e todas as vezes em que isso acontece, o time que pensa que já é campeão, acaba derrotado.

Parece que muitos ainda não aprenderam a lição da final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã.

Porém, além deste 'oba-oba', creio que há um motivo concreto para que os clubes brasileiros percam tantas decisões de Libertadores.

Só para lembrar as mais recentes, tivemos: Estudiantes derrotou o Cruzeiro (2009); LDU derrotou o Fluminense(em 2008); Boca Jrs derrotou o Grêmio (em 2007); Boca Jrs derrotou o Santos (2003); Olimpia derrotou o São Caetano (2002); Boca Jrs. derrotou o Palmeiras (2000).

A questão é: porque os clubes brasileiros falham tanto na decisão da Libertadores?

Alguns atribuem isso a um clima de 'já ganhou' (parece que o mesmo contaminou tanto o Fluminense em 2008, como o Cruzeiro neste ano). Outros dizem que os brasileiros ficam muito nervosos com as tradicionais catimbas e as provocações dos times argentinos, uruguaios, paraguaios e muitas vezes perdem a cabeça, recebendo cartões amarelos e vermelhos em momentos decisivos.

E outros ainda responsabilizam o fato de que os brasileiros se preocupam demais com a arbitragem, pois esta, nos demais países da América do Sul, assinala muito menos faltas do que os árbitros brasileiros.

No Brasil, os jogadores estão acostumados a cavar faltas e os árbitros as marcam quase sempre. Daí, quando vão disputar torneios na América do Sul (Libertadores e a Sul-Americana) os árbitros dos demais países adotam um estilo diferente de atuação e deixam de marcar essas faltas cavadas e até mesmo lances mais duros por partes dos jogadores deixam de ser marcados.

Assim, quando atuam em tais torneios, os brasileiros acabam não resistindo ao jogo mais bruto ou não se adaptando a este estilo diferente de arbitragem.

Mas, mesmo que tudo isso seja verdade, entendo que há um motivo muito simples para explicar toda essa dificuldade que os clubes brasileiros enfrentam na hora de decidir a Libertadores.

É o fato de que nos países vizinhos, os times que disputam a Libertadores são, praticamente, sempre os mesmos, e isso acontece em todos os anos.

Alguém se lembra de alguma Libertadores em que o Boca Jrs ou o River Plate não estivessem presentes? Eu, não. Nos demais países ocorre a mesma situação: Colo-Colo, Nacional (URU), Libertad (PAR), entre outros, disputam a Taça Libertadores, praticamente, todos os anos. Assim, eles acumulam uma imensa experiência na disputa do torneio. Já estão mais do que habituados a participar do mesmo.

Já no Brasil, isso não acontece, a não ser muito raramente.

Com a exceção do São Paulo, que disputou várias Libertadores na sequência, ocorre uma grande variação dos clubes brasileiros que participam da competição. Quase todos os anos temos significativas mudanças na relação dos clubes brasileiros que participam da Libertadores, algo que quase não acontece, ou que ocorre numa frequência bem menor, nos países vizinhos, onde um pequeno número de clubes domina o cenário do futebol local e, assim, estão sempre participando da Libertadores.

E quando algum clube brasileiro volta para participar do torneio no ano seguinte ou 2 ou 3 anos depois, o seu elenco já sofreu tantas modificações, que praticamente nenhum jogador consegue participar de mais de uma Libertadores de maneira consecutiva.

Na semana passada, o técnico do Corinthians, Mano Menezes, declarou que esta inexperiência do elenco do Grêmio em disputa de Libertadores foi o que impediu que o time gaúcho conquistasse o título da competição em 2007, quando perdeu a final da competição para o Boca Jrs, time que disputa a Libertadores todos os anos.

O Corinthians, por exemplo, disputou a Libertadores em 2006 e a disputará, novamente, em 2010. Porém, quantos jogadores que participaram da competição em 2006 estarão presentes em 2010? Nenhum. O Corinthians é o mesmo, mas o elenco será totalmente diferente. Assim, qual a experiência que o atual elenco corintiano possui na disputa da Libertadores? Nenhuma.

E essa inexperiência faz muita diferença, principalmente nos momentos decisivos.

Foi justamente por isso que o técnico Mano Menezes pediu para que o Timão contrate, para 2010, vários jogadores com experiência de Libertadores e que estejam acostumados ao jogo mais duro e mais violento que temos na principal competição do futebol sul-americano.

Assim, creio que a CBF deveria reivindicar que o Brasil tivesse um maior número de vagas (7, pelo menos) na disputa da Libertadores. E isso não seria injusto pois, afinal, existe uma grande diferença qualitativa entre o futebol brasileiro, Pentacampeão Mundial de Futebol, e o da Bolívia, Venezuela, Peru ou Equador. E não me parece justo que o Brasil tenha direito a apenas 5 vagas na Libertadores, enquanto que estes países, sem maior tradição no futebol mundial, tenham 3 vagas cada um.

Com um maior número de clubes brasileiros participando da Libertadores, poderíamos ver vários clubes do país conquistando vagas na Libertadores em quase todos os anos, tal como ocorre com o Boca Jrs, River Plate, Nacional do Uruguai, acumulando uma experiência significativa na disputa da competição.

Com isso, o percentual de vitórias dos clubes brasileiros em decisões da Libertadores iria crescer, sem dúvida alguma.

Marcos Donizet

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A síndrome do sorry




A palavra desculpa era um velho elefante de circo na minha garganta apesar de eu pronunciá-la ao inimigo ou o inimigo a mim. Como quando o animal faz a pirueta aparentando profundo tédio.

Eu estava acomodado de pé por falta de assento e tinha as mãos em duas barras de ferro para não ser traído pela inércia. Simples ocasião cotidiana não fosse o fato de ter ouvido num curto espaço de tempo três pessoas se desculpando ao tocarem em mim e um outro antes mesmo disso quando antecipou a eminência do contato. Sorry... sorry ... sorry... sorry. Sem saber o porquê balbuciei nas duas primeiras um “you’re welcome” sem o menor sentido. Nas outras duas achei na hora que eles se dirigiam a outra pessoa ou a algo inanimado. Aquele monte de desconhecidos tombando seus corpos num único sentido.

Com pouco êxito eu tentava combinar algo com Shumpei Sato, um japonês de um metro e meio residente da mesma casa onde eu passaria meu primeiro mês em Londres. Não sei bem se ele contabilizou as desculpas do metrô. Lembro apenas que ele queria fazer uma refeição rápida, eu andar pelas ruas; ele queria ouvir jazz numa megastore, eu buzinas, vozes e uma refeição decente. Nos encontramos mais tarde em casa. Ele comprou creme de barbear e xampu, eu comprei duas blusas de frio e fiz um trocadilho idiota (shumpei – xampu). Uma semana mais tarde ao adentrar na mesma estação de onde partimos pela primeira expedição ao centro o japonês perderia um membro frontal de seu sorriso ao esbarrar em dois fans de rúgbi - segundo suposição preconceituosa do próprio. Contou-me ainda não ter ouvido a menor verbalização de arrependimento enquanto tombava de costas banguela.

Durante todo o passeio diurno pelas ruas inúmeras vezes me deparei com alguém se desculpando por algum motivo que quando não me era estranho me era insignificante. Cheguei mesmo a pisar no pé de um jovem e ouvir dele as desculpas. Lembrei na ocasião de ter lido algum antropólogo brasileiro exaltando nossa ilusão racial. Pensei comigo o que costumava pensar nas aulas de teoria da comunicação do meu curso de jornalismo: quantas calorias eram gastas em média numa aula de noventa minutos. Eu sabia que aquele sorry independia de energia. Não era necessário escândalo, quero dizer. Uma cena, uma alteração de voz, um pelo amor de Deus. Nesse exato momento eu percebia que faltariam Palhares e Osvaldinhos naquela repartição do mundo. Isso me trazia um gosto amargo de sangue na boca. A minha solidão era a do funcionário público, mas sem o subterfúgio do exagero. Achei melhor voltar pra casa.

Na ultima semana trabalhei cinqüenta e seis horas a cinco libras e setenta e dois pences por hora, façam as contas. Os dias correm soltos à medida que troco as sacolas plásticas do lixo e recolho as bandejas antes do ataque dos pássaros. Os caras do stock também devo ajudar. As mães chegam às tulhas ao parque. Tomam seus chás e cafés e muffins, a partir dos quais se descuidam e seus pequenos derrubam o sorvete, geralmente de vanilla. Eu devo tomar providências quando isso acontece independente do sabor. A melhor parte é varrer o chão do parque. Ao todo contabilizo trinta libras e vinte e três pences, uma carteira, um dinossauro de pelúcia e uma bola de futebol em miniatura. Shumpei, o japonês adorador de Charlie Parker, mudou-se e nunca mais tive noticias dele. A não ser que lhe roubaram a pasta com todos os documentos enquanto cochilava num trem. Um amigo em comum da escola me reportou o fato.

Em relação às desculpas agora as distribuo a certa medida. Outro dia o big manager soltou: “Today you looks a british gentleman!”. “Okay”, retribui e sem perder o fôlego acrescentei: “Sorry about yesterday… I didn’t have time to shave me”.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A estratégia chinesa

A China vai usar suas reservas internacionais, que já superam os US$ 2,132 trilhões, para expandir e apoiar aquisições de empresas no exterior pelas companhias chinesas, afirmou Wen Jiabao, o primeiro-ministro chinês. “Devemos acelerar a execução de ?estratégias de saída? e combinar o uso de reservas de divisas com a ?saída? das nossas empresas”, disse a diplomatas chineses, segundo informou o jornal britânico? Financial Times?.

O governo quer que as empresas chinesas aumentem sua participação nas exportações mundiais, disse Wen. A estratégia de saída da crise para a China é o incentivo aos investimentos e aquisições no exterior, principalmente por grandes grupos industriais, de propriedade estatal, como a PetroChina, Chinalco, China Telecom e o Banco da China.

Qu Hongbin, economista-chefe do HSBC na China, disse: “Esta é a primeira vez que ouvimos falar de uma articulação oficial dessa política de apoio direto às companhias para compra de ativos offshore”.

Os investimentos diretos chineses em empresas não-financeiras em outros países aumentaram para US$ 40,7 bilhões no último ano. Em 2002, eram de apenas US$ 143 milhões.

Wen não antecipou quanto das reservas será destinado para as operações, mas Qu Hongbin disse que a medida será parte de uma estratégia para reduzir a dependência chinesa dos títulos americanos e do dólar como moeda de reserva.

“Essa é a diversificação de reserva em um sentido mais amplo. Em vez de acumular divisas e ativos financeiros de curto prazo, o governo quer que o País acumule ativos corporativos reais de longo prazo”, disse. Grupos de propriedade estatal, particularmente dos setores petrolífero e de recursos naturais, têm reforçado a sua caça aos ativos de empresas à venda em consequência da crise global.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Reino Unido


A dívida pública total do Reino Unido aumentou para o recorde de 799 bilhões de libras, ou 56,6% do PIB - o nível mais elevado desde que os registros começaram em 1974. Os novos empréstimos em junho foram de 13 bilhões de libras, quase o dobro de um ano atrás, afirmou o Escritório Nacional de Estatísticas, após a queda de receitas fiscais. Os números refletem também os custos de resgate dos bancos e maiores despesas com os benefícios da seguridade social. Um economista descreveu o estado das finanças públicas como “terrível”. “Os números são ligeiramente melhores que o esperado. Ela não tira o fato de que o estado das finanças públicas é terrível e que um considerável grau de aperto fiscal será necessário”, disse Philip Shaw, economista-chefe da Investec.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Brasil e Cuba


Em meio à maior crise econômica desde o fim da era soviética, Cuba comemora uma boa notícia: a construtora Odebrecht, com financiamento brasileiro, vai começar a reformar o porto de Mariel, a 50 km de Havana.

Fechado na semana passada, o acordo foi o ápice de uma missão do Ministério do Desenvolvimento e da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) ao país, que levou uma comitiva de empresários brasileiros à ilha.

Missão brasileira que foi recebida por Raúl Castro selou acordo; Odebrecht fará obra de US$ 300 milhões.

sábado, 18 de julho de 2009

O patético humano pebolístico





Futebol, como já disse, fascina o ser humano do gênero masculino por motivo genético.

Há nele, porém, uma certa mística. Uma espécie de mistério encantador, capaz de levar multidões horrendas ao delírio, como no livro de Homero.
Vi, por exemplo, dois casos estupendos recentemente. Duelavam os escretes gaúchos do Inter e do Grêmio contra o paulista Corinthians e o mineiro Cruzeiro, respectivamente.

Não vale a pena dizer que se tratava de uma final importante e de uma semifinal importante. Mas era.

O ponto, porém, é bem outro.

Os dois jogos se desdobraram de forma assombrosamente igual. O time da casa, os gaúchos, tomou dois gols antes de fazer algum.

Não vale a pena dizer que, tanto numa competição quanto noutra, tomar gols jogando em seu próprio campo tem efeito dobrado. Mas é assim. Ou seja, tomou um, tem que fazer dois. Logo, tomar dois, significa obrigação de esforçar-se para marcar pelo menos quatro.

Há coisa na vida, e é esse o caso, para a qual o tamanho do esforço desestimula o empreendimento. Na economia e na administração, chama-se barreira à entrada.

Imagine, à guisa de melhor entendimento, um sujeito que acorda um dia determinado a abrir uma fábrica de refrigerante. Não basta, veja bem, ele dispor do capital inicial necessário. Pois já há no mercado enormes concorrentes estabelecidos. De forma que, sozinho, dificilmente conseguirá uma brecha para sobreviver. Há uma barreira à entrada nesse mercado. Países civilizados detêm um sistema antitruste para reduzir a influência de tais "fenômenos" e manter o ambiente de negócios sempre poroso ao empreendimento.

Não há antitruste num jogo de futebol. Tomar dois gols em casa num jogo decisivo, tipo mata-mata, é coisa assim... fato determinado, sacramentado e passado em cartório. A peleja poderia acabar ali mesmo. Nem findo o primeiro tempo, o juiz apitaria, os jogadores se cumprimentariam, trocariam as camisas e diriam as coisas de sempre aos repórteres da televisão. Ninguém acharia estranho.

Mas não! Enquanto o fato ocorria ali, a metros de seus olhos, os torcedores gaúchos não arredavam pé. Mais do que isso, não arredavam coração. Muito mais ainda, não arredavam esperança.

Isso mesmo, postavam-se em redor do gramado munidos da vã e ilusória expectativa de que seus times fossem desfazer o feito, recuar o curso da história e, guiados pela espada de Dom Sebastião, triunfarem espetacularmente diante daqueles dois gols, daqueles dois malditos gols, daqueles dois vilões e corruptos gols, que entraram na festa sem serem convidados.

Ali, meus amigos, estava muito mais do que uma torcida. Estava a viúva, que chora à beira do caixão com a secreta certeza de que seu amado se vai levantar tão logo saiam da sala todos esses intrusos da dor alheia; estava o assalariado demitido a caminho de casa, soturno em sua desgraça, porém esperançoso de que tudo vai se arrumar; estava o cronista que não gosta do próprio texto; estava o homem, à imagem e semelhança de Deus, perdido e sozinho numa imensidão que ele sequer entende, em sua patética humanidade.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

José Simão X Juliana Paes

DO CARTA MAIOR

Ao determinar que José Simão se abstenha de fazer referências à atriz Juliana Paes, confundindo-a com a personagem “Maya”, da novela “Caminho das Índias”, o juiz João Paulo Capanema de Souza, do Rio de Janeiro, afirmou em despacho não ver “ofensa ou aspecto pejorativo” nas considerações do colunista “sobre a ‘poupança’ da atriz ou sobre o fato de sua bunda ser grande”, já que “sua imagem esteve e está à disposição de quem quisesse e ainda queira ver”, e qualificá-la “nos limites do tolerável”.

Mas o magistrado considerou que o colunista ofendeu “a moral da mulher Juliana Couto Paes, seu marido, sua família”, ao “jogar com a palavra “casta” e dizer que Juliana “não é nada casta”.”

“É censura. A pessoa não pode determinar quando e o que falar dela. Isso tolhe totalmente a liberdade de expressão”, afirmou o colunista. “Na hora em que estava escrevendo, achava que estava elogiando a atriz. Não quero me retratar”, disse.

Segundo Simão, “a imagem que Juliana Paes passa para o Brasil é que ela é a ‘gostosa’, e que todo homem fica ‘babando’. Não vejo por que o termo ‘casta’ ofende uma mulher moderna, liberada, atriz da Globo. Para mim, casta é pudica, e eu não admiro pessoas castas. É coisa medieval”, afirmou.

As advogadas Taís Gasparian e Mônica Galvão, que representam a Folha, consideram que a decisão do juiz “trata o humor como ilícito e, no fim das contas, é a mesma coisa que censura”.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

EUA apostam na retomada do sistema financeiro


O desdém com que os EUA tratam o pedido de ajuda da financeira Cit Group sugere que o governo está apostando ter consertado o sistema financeiro o suficiente para resistir à falência de um credor de tamanho médio. “Odeio dizer isso, mas (a ajuda) é provavelmente dispensável“, disse Dennis Santiago, diretor executivo da Institutional Risk Analytics, de Torrance, Califórnia, empresa de investigação que estuda riscos sistêmicos. “Ela (a Cit) só pode ter perdido o barco” do resgate federal, disse Santiago. A decisão de ontem de o governo abdicar da salvação do Cit veio 10 meses após o pedido de falência do Lehman Brothers. O colapso do Lehman marcou o ponto mais profundo da crise de crédito, e resultou na criação de um fundo de US$ 700 bilhões de socorro. Ontem, funcionários do governo apontavam que os programas criados com esse dinheiro poderiam ajudar a preencher qualquer lacuna deixada pelos empréstimos do Cit.

GM anuncia investimento de 2 bi no país


A General Motors deve concentrar na sua fábrica de Gravataí (RS) a produção de uma nova família de veículos compactos que serão comercializados a partir de 2012. Os novos automóveis, que fazem parte daquilo que a empresa batizou de “projeto Ônix”, deverão ter uma faixa de preço um pouco superior aos praticados hoje na família do Celta.

Segundo o presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila, os novos modelos estão sendo totalmente desenvolvidos nos centros de pesquisa da empresa em São Caetano do Sul e em Indaiatuba. A ideia é, além de atender o mercado brasileiro, exportar os veículos para os países do Mercosul.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O invisível Bin Laden manda novo recado


O porta-voz de Bin Laden, Ayman al-Zawahiri, tem tentado alertar a al-Qaeda no Paquistão, que os EUA estão de olho no arsenal nuclear do país. Em uma mensagem de áudio divulgado hoje Zawahiri tenta avisar aos paquistaneses que os EUA estão tentando "acabar com a capacidade nuclear do Paquistão e transformá-lo em pequenos fragmentos, e fiéis a dependentes dos neo-cruzados".

A crise da midia


Uma das mais conhecidas publicações de negócios dos EUA, a “BusinessWeek” pode ser vendida por US$ 1, um valor menor que o preço que é comercializada nas bancas, afirma o “Financial Times”.Não, não se trata de apenas uma edição da revista, mas do negócio em si. A dona da “BusinessWeek”, McGraw-Hill, diz apenas que está buscando “opções estratégicas” para a revista, mas já teria contratado o banco Evercore para encontrar um novo dono para a publicação.

O valor simbólico de US$ 1 seria reflexo do mau momento que vive a revista (as suas receitas com publicidade recuaram em sete dos últimos oito anos) e das dificuldades que vive o setor nos EUA.

Já a New York Times Company, grupo que é proprietário do jornal de mesmo nome e que também vive problemas de caixa, vendeu a sua estação de rádio de música clássica (que pertencia a ela desde 1944), em um negócio de US$ 45 milhões que inclui também a mudança de prefixo.

15/07

HOJE É O DIA INTERNACIONAL DO HOMEM!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Os carros de alumínio

POR ANTONIO SISOTO

(12/07/2009) - Parece estar se armando uma nova revolução na área de materiais automotivos e de transportes em geral – com óbvias repercussões sobre a indústria de transformação e de construção civil – envolvendo o cada vez mais desafiante alumínio.

Militares norte-americanos já estão testando um veículo equipado com blindagem de alumínio transparente – ou, mais exatamente, de oxinitrato policristalino de alumínio. A força aérea americana também vem realizando testes para verificar a eficácia deste composto em cabines de aeronaves militares.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Telesur

A Televisión del Sur (TeleSur) é uma rede de televisão multi-estatal (ou seja, de vários governos) pan latino-americana com sede na Venezuela. Iniciou suas transmissões em 24 de Julho de 2005, aniversário de nascimento de Simón Bolívar. O canal, cujo lema é "Nuestro Norte es el Sur" (Nosso Norte é o Sul), foi criado numa parceira que é financiada pelos governos da Venezuela, Cuba, Argentina e Uruguai.

A Telesul ou teleSUR, em castelhano, é um canal televisivo que "nasce de uma evidente necessidade latino-ameircana: contar com um canal que permita a todos os habitantes desta vasta região difundir seus próprios valores, divulgar sua própria imagem, debater suas próprias idéias e transmitir seus próprios conteúdos, livre e equitativamente".

Fonte: Wikipédia

Acompanhe aqui no blog, na barra lateral direita, o link para a transmissão ao vivo da Telesur.

Como se deve fazer televisão?

A TV Brasil, que já oferece aos brasileiros uma programação não capturada pela publicidade cervejeira e medicamentosa, que exibe apenas publicidade de valores cidadãos e humanizados, que já recupera em grande medida parte substancial do nosso audiovisual, além das conquistas civilizatórias de sua grade de programação, agora dá um passo à frente, criando a novidade democrática de discutir com a sociedade como se deve fazer televisão.

Com a presença de 3 ministros de estados ( Franklin Martins, Juca Ferreira e Sérgio Rezende) e transmitida ao vivo pelo canal NBR, a primeira audiência pública da TV Brasil inaugura uma nova etapa para a tv brasileira, dando continuidade a várias mudanças que o governo Lula tem realizado no sentido do fortalecimento da comunicação pública no Brasil.

Procurem sobre a TV Brasil!

Fonte: Beto Almeida

13/07

HOJE É O DIA MUNDIAL DO ROCK!

sábado, 11 de julho de 2009

O papa falido

O papa Bento XVI agora é a favor da intervenção estatal e regulamentada de governos ou de um governo forte sobre a economia. Meus caros leitores, agora o papa está contra a liberdade financeira do neoliberalismo, contra o manicômio do mercado de finanças e luta por justiça social. Será?

Temos um papa socialista? Ou temos um burguês irritado com a queda de 45% das doações voluntárias para a Igreja?

Temos mais um discípulo de Keynes? Ou temos o Banco do Vaticano quebrado, por ter perdido milhões de euros durante a crise internacional?

Temos um cristão que ama a todos como a ele mesmo? Ou temos uma Igreja que teve um déficit de um bilhão de euros de 2008 para 2009?

Temos no papa uma esperança para o futuro do planeta? Ou temos um desespero do Vaticano ao vender 15% de suas terras pelo mundo para pagar as faraônicas dívidas vindas da crise?

O discurso do papa é exatamente igual à conversa de todos os perdedores oriundos da crise financeira internacional. Todos eles estão recorrendo ao Estado e fazendo um marketing pessoal na defesa dos pobres afetados pela recessão. Estamos vivendo novamente naquele saudoso tempo do “dar um passo para trás para dar dois na frente”. O Estado hoje renasce já com data marcada para morrer. Nenhum burguês ou banqueiro quer intervenção na economia. O enriquecimento sem limites implica em um capitalismo sem limites, portanto é só questão de tempo.

Portanto digo caros leitores, o capitalismo não mudará. O neoliberalismo não morrerá e a economia mundial continuará sendo uma trágica partida de pôker. Os ricos continuarão ricos, os pobres permanecerão “em desenvolvimento” e o Vaticano continuará falido. Que Deus nos ajude!

Felipe Liberal

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Rei da bola

Ronaldo vai virar lenda
Por muito que tem jogado
Fez três gols numa partida
Depois que foi machucado
E pense nuns gols bonitos
Um até meio esquisito
De primeira e angulado

A façanha aconteceu
Dia oito deste mês
Quando o time Fluminense
Resolveu virar freguês
E o fenômeno malvado
Dos quatro gols registrados
Foi responsável por três

Em pleno Pacaembu
Totalmente reformado
O fenômeno jogou muito
Depois de ter conquistado
Campeonato Paulista
Copa do Brasil na lista
Quando desacreditado

Na corrida recebeu
A bola e driblou ligeiro
Um jogador que podia
Tê-lo parado primeiro
E sem qualquer compaixão
Deixou-o de bunda no chão
Tocou no canto e rasteiro

Nos três gols do artilheiro
Não teve bola parada
Todos foram construídos
De cada jogada armada
Foi um trabalho conjunto
Porém, o fenômeno junto
Mandou bem toda jogada

Ter Ronaldo do seu lado
A todo time convém
Ele faz a diferença
Que outros times não têm
Mesmo estando machucado
Farreando ou descasado
Joga mais do que ninguém.

Autor: Edmar Melo

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Serra é uma vergonha


VEJAM ESTA NOTÍCIA QUE SAIU NO ESTADÃO E OS RECADOS DE SERRA NO TWITTER (ACIMA)


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recebeu hoje um prêmio da Organização Mundial da Família (WFO, da sigla em inglês), em Genebra, na Suíça, por seu trabalho a frente do Ministério da Saúde. Serra, virtual candidato tucano à Presidência da República em 2010, foi ministro de 1998 a 2002, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A entidade homenageou também a princesa do Kuwait, Sheikha Al-Sabah, e a coordenadora da Fundação Cherie Blair pelas Mulheres, Cherie Blair. A WFO é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU).


O Estadão quis induzir que Serra foi homenageado pelas Nações Unidas, quando na verdade a homenagem veio de uma das milhares de ONGs espalhadas pelo mundo que tem cadastro nas Nações Unidas. Inclusive, a ONG WFO (esta que homenageou o Serra) nem sequer tem referência no Wikipédia, por ser tão desconhecida.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A história de Lúcio Flávio Pinto, jornalista condenado por fazer jornalismo



Fonte: Blog Biscoito Fino e a Massa


Prepare-se, caro leitor, para outro mergulho no Brasil profundo. Lúcio Flávio Pinto talvez seja hoje o jornalista mais respeitado e destemido da Região Norte. Ele é o solitário redator do Jornal Pessoal, empreitada independente, que não aceita anúncios, tem tiragem quinzenal de 2 mil exemplares e mesmo assim provoca um fuzuê danado entre os poderosos, dada a coragem com que Lúcio investiga falcatruas e crimes. Lúcio já ganhou quatro prêmios Esso. Recebeu também dois prêmios da Federação Nacional dos Jornalistas em 1988, por suas matérias dedicadas ao assassinato do ex-deputado Paulo Fonteles e à violenta manifestação de protesto dos garimpeiros de Serra Pelada. Em 1997, ele recebeu o Colombe d’Oro per la Pace, um dos mais importantes prêmios jornalísticos da Itália. Em 1987, foi o jornalista que investigou o rombo de 30 milhões de dólares no Banco da Amazônia, por uma quadrilha chefiada pelo presidente interino do banco e procurador jurídico do maior jornal local, O Liberal.

Há 17 anos, os representantes paraenses da corja comandada pela família Marinho perseguem-no de forma implacável. Ronaldo Maiorana, dono (junto com seu irmão, Romulo Maiorana Jr.) do Grupo Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão, emboscou Lúcio por trás, num restaurante, e espancou-o com a ajuda de dois capangas da Polícia Militar, contratados nas suas horas vagas e depois promovidos na corporação. O espancamento, crime de covardia inominável, só rendeu a Maiorana a condenação a doar algumas cestas básicas.

Alguns meses depois da agressão, Lúcio foi convidado pelo jornalista Maurizio Chierici a escrever um artigo para um livro a ser publicado na Itália. O texto, eminentemente jornalístico, relatava as origens do grupo Liberal. Em determinado momento, dentro de um contexto bem mais amplo, ele fez referência às atividades de Maiorana pai no contrabando, prática bem comum, aliás, na Região Norte na época. Como se pode depreender da leitura do artigo, nada ali tinha cunho calunioso, posto que – uma vez processado --, Lúcio anexou aos autos toda a documentação que provava a veracidade do que afirmava. A obra investigativa de Lúcio fala por si própria: veja a qualidade da prosa e da pesquisa que informa o trabalho de Lúcio e julgue você mesmo. O que ele oferece em seus textos, entre muitas outras coisas, é a documentação, história e raízes daquilo que é sabido até mesmo pelos mosquitos do mercado Ver-o-Peso: que n'O Liberal só se publica aquilo que é de interesse da corja dos Marinho.

Mas eis que chega do Pará a estranha notícia de que o juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª vara cível de Belém, condenou Lúcio a pagar a soma de 30 mil reais aos irmãos Maiorana – representantes paraenses, lembrem-se, da organização comandada pelos Marinho. Lúcio também foi condenado a pagar as custas processuais e os honorários advocatícios. A pérola de justificativa do juiz fala do “bom lucro” de um jornal artesanal, de tiragem de 2 mil exemplares por quinzena. Ainda por cima, o juiz proíbe Lúcio de usar “qualquer expressão agressiva, injuriosa, difamatória e caluniosa contra a memória do extinto pai dos requerentes e contra a pessoa destes”, o que constitui, segundo entendo, extrapolação característica de censura prévia contrária à Constituição Federal. O juiz fundamenta sua decisão dizendo que Lúcio havia “se envolvido em grave desentendimento” com eles. É a velha praga do eufemismo: um espancamento pelas costas se transforma em “desentendimento”. A reação de Lúcio à sentença pode ser lida nesse texto.

O Biscoito se solidariza com Lúcio, coloca o site à disposição para o que for necessário - inclusive para a publicação de qualquer material objeto de censura prévia – e suspira de cansaço ao fazer outro post que mais parece autoplágio, dada a tediosa repetição desses absurdos. Resta a pergunta: até quando os Frias, Marinho, Civita, Mesquita e seus comparsas vão manter esse poder criminoso Brasil afora?


terça-feira, 7 de julho de 2009

O novo Ministro da Defesa de Honduras fala à Folha de São Paulo

Praticamente todos os jornais passaram a descrever o que ocorreu em Honduras com a definição correta: golpe. Com a condenação dos Estados Unidos e a ameaça de boicote econômico, Celso Amorim diz que o grupo golpista não resistirá três meses.

O correspondente da Folha conseguiu uma resposta extraordinária do novo Ministro da Defesa Adolfo Lionel:

FOLHA - Por que houve a proibição da volta de Zelaya?

LIONEL - O fato de se ter permitido a Zelaya ir à Costa Rica foi um ato humanitário. Há muita gente que ainda está irritada. Para evitar um banho de sangue, decidiu-se enviá-lo à Costa Rica, um país altamente democrático. Aqui, estaria preso. Há 18 ordens de prisão contra ele.

Menos de 2% dos doutores vão para indústria, diz estudo

SÃO PAULO - Com a recente média alcançada de cerca de 10 mil doutores formados por ano, o Brasil ainda não conseguiu levar esses profissionais para dentro das empresas, mantendo a maior parte na academia. Estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que apenas 1,9% dos 26 mil doutores empregados está na indústria, enquanto 66% permaneciam na universidade. Outros 18% estão empregados no setor público.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Morre um dos senhores da GUERRA

Por Charles Aldinger WASHINGTON (Reuters) - O ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos Robert McNamara morreu nesta segunda-feira aos 93 anos. Ele será lembrado acima de tudo por ter sido o arquiteto principal do envolvimento dos EUA na Guerra do Vietnã.

“Ele foi acometido pela idade”, disse sua mulher à Reuters. “Não estava doente. Morreu tranquilamente enquanto dormia.”

McNamara também seguiu carreira brilhante na indústria e nas finanças internacionais, mas seu legado doloroso é o Vietnã.

sábado, 4 de julho de 2009

Os riscos de negociar com a China


A operação industrial da Embraer na China está em risco. Com o cancelamento de pedidos e sem novas encomendas, a empresa cogita fechar as portas da fábrica de Harbin, no norte do país, onde são feitos aviões do modelo ERJ 145.

Pelos contratos em vigor, a Embraer tem serviço para manter a unidade funcionando apenas até a metade de 2011. Se não surgirem novos pedidos, a avaliação é que não faz sentido seguir montando aviões na China.

A decisão de manter ou não a fábrica no país asiático deve ser tomada até meados do ano que vem. “Os próximos movimentos estratégicos para a nossa presença industrial na China devem ser definidos dentro de doze meses”, diz o presidente da Embraer, Frederico Curado.

Segundo o executivo, o prejuízo para encerrar as operações não seria grande. A Embraer e sua parceira China Aviation Industry Corporation (Avic) aplicaram US$ 25 milhões no negócio. Apesar da brasileira possuir 51% da joint venture, a sócia chinesa construiu a maior parte da infraestrutura.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Os 15 anos do Real

DO ÚLTIMO SEGUNDO
Alguns meses antes do lançamento do Real, o economista Winston Fritsch, da equipe econômica, participou de uma reunião reservada com alguns banqueiros de investimento - nacionais e estrangeiros. Nela, informou-os dos rumos que se pretendia dar à política cambial, apreciando o real - algo que fugia à lógica convencional dos planos com âncora cambial.
Os banqueiros se surpreenderam com um membro do governo antecipando os movimentos do câmbio.

Depois, entenderam. Haveria uma grande disputa no mercado futuro de câmbio, na BMF. Empresas exportadoras, multinacionais, certamente buscariam proteção contra o risco de desvalorização cambial. Estavam dispostas a pagar para ter a garantia de um dólar a R$ 1,20 ou mais.
De sua parte, a Fazenda e o Banco Central empurrariam o dólar para baixo através de um estratagema: a garantia tácita de que o dólar não passaria de R$ 1,00; mas nenhuma garantia sobre o tanto que ele poderia cair. Com os juros elevadíssimos, praticados no início do Real, os investidores seriam estimulados a vender dólar a preços abaixo de R$ 0,90, sabendo que, com as taxas de juros recebidas, e com a garantia de que o dólar não passaria de R$ 1,00, seu risco ser mínimo. A partir do Real, o desemprego explodiu.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Segundo o pentágono, rebeldes afegãos sequestraram um soldado americano na terça


Rebeldes no Leste do Afeganistão capturaram um soldado americano, o Pentágono disse hoje que as forças aliadas lançaram uma grande ofensiva no sul do país.


Um funcionário disse que o soldado desapareceu na terça-feira, acrescentando: "Estamos usando todos os nossos recursos para encontrá-lo e prever o seu regresso seguro".


O relatório oficial recusou fornecer detalhes de onde o soldado foi capturado, mas um oficial da polícia afegã disse que ele desapareceu na região do leste Mullakheil Província de Paktika durante o dia.


Um oficial de Nabi Mullakheil disse que havia uma base na área.


A falta do soldado foi primeiramente notada durante um controle de rotina da unidade de terça-feira e foi pela primeira vez listados como "direito estatuto paradeiro desconhecido", um oficial americano disse à Associated Press.


Não foi até hoje que os funcionários disseram publicamente que estava faltando e ele descreveu como "acreditavam capturado".


A Secretaria de Defesa dos EUA disse à Associated Press que o soldado "só saiu" com três afegãos homólogos depois de ele ter acabado o trabalho. Disseram que não tinham explicação para que ele deixou a base. Ele foi designado para um posto avançado combate, uma de uma série de pequenas bases criadas por forças estrangeiras no Afeganistão, os funcionários disseram.


Outros relatórios disseram que o soldado afegão e três soldados foram capturados pelos talibãs, da facção Haqqani, que está destinado em controlar grandes áreas do leste do Afeganistão.


O grupo, controlado pelos rebeldes líder Jalaluddin Haqqani e seu filho, Sirajuddin, é suspeito de estar por trás de uma série de atentados espectaculares nos últimos anos, incluindo o atentado suicida da embaixada indiana em Cabul, no qual mais de 50 pessoas foram mortas última jul.


Mullah Sangeen, um alto comandante talibã, disse à Reuters por telefone a partir de uma localização reservadas que o soldado havia sido tomada como uma patrulha caminharam de uma base na Província de Paktika. Ele disse que o soldado seria realizada até combatentes talibãs foram detidos pelas forças americanas.


A notícia partiu para milhares de americanos. Marines lançaram uma ofensiva envolvendo helicópteros-suportadas tropas no reduto talibã da província de Helmand.


A operação é o primeiro teste importante da estratégia de Barack Obama no Afeganistão e no Paquistão. A falta do soldado não fazia parte do mesmo.

China se aproxima do FMI


A China dará passos importantes na próxima semana, no sentido de reconciliação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), concordando com a divergência do fundo sobre a sua controversa política monetária, a fim de voltar às boas graças de uma organização que pretende influenciar. Durante os últimos três anos, a China bloqueou as revisões do FMI sobre a sua economia - que é anual para cada país membro -, porque o país se opunha à crítica pública sobre a sua altamente controlada taxa de câmbio. Mas uma equipe de funcionários do FMI visitou a China há cerca de um mês, e concluiu um projeto de revisão que está em circulação para comentários.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Consulta aos leitores

1) Caso Dilma seja eleita presidente da república, quais os programas do governo Lula ela deve continuar? E quais deve abandonar?

2) Você é a favor do 3º mandato no Brasil?