quarta-feira, 22 de julho de 2009

A estratégia chinesa

A China vai usar suas reservas internacionais, que já superam os US$ 2,132 trilhões, para expandir e apoiar aquisições de empresas no exterior pelas companhias chinesas, afirmou Wen Jiabao, o primeiro-ministro chinês. “Devemos acelerar a execução de ?estratégias de saída? e combinar o uso de reservas de divisas com a ?saída? das nossas empresas”, disse a diplomatas chineses, segundo informou o jornal britânico? Financial Times?.

O governo quer que as empresas chinesas aumentem sua participação nas exportações mundiais, disse Wen. A estratégia de saída da crise para a China é o incentivo aos investimentos e aquisições no exterior, principalmente por grandes grupos industriais, de propriedade estatal, como a PetroChina, Chinalco, China Telecom e o Banco da China.

Qu Hongbin, economista-chefe do HSBC na China, disse: “Esta é a primeira vez que ouvimos falar de uma articulação oficial dessa política de apoio direto às companhias para compra de ativos offshore”.

Os investimentos diretos chineses em empresas não-financeiras em outros países aumentaram para US$ 40,7 bilhões no último ano. Em 2002, eram de apenas US$ 143 milhões.

Wen não antecipou quanto das reservas será destinado para as operações, mas Qu Hongbin disse que a medida será parte de uma estratégia para reduzir a dependência chinesa dos títulos americanos e do dólar como moeda de reserva.

“Essa é a diversificação de reserva em um sentido mais amplo. Em vez de acumular divisas e ativos financeiros de curto prazo, o governo quer que o País acumule ativos corporativos reais de longo prazo”, disse. Grupos de propriedade estatal, particularmente dos setores petrolífero e de recursos naturais, têm reforçado a sua caça aos ativos de empresas à venda em consequência da crise global.

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