sexta-feira, 3 de julho de 2009

Os 15 anos do Real

DO ÚLTIMO SEGUNDO
Alguns meses antes do lançamento do Real, o economista Winston Fritsch, da equipe econômica, participou de uma reunião reservada com alguns banqueiros de investimento - nacionais e estrangeiros. Nela, informou-os dos rumos que se pretendia dar à política cambial, apreciando o real - algo que fugia à lógica convencional dos planos com âncora cambial.
Os banqueiros se surpreenderam com um membro do governo antecipando os movimentos do câmbio.

Depois, entenderam. Haveria uma grande disputa no mercado futuro de câmbio, na BMF. Empresas exportadoras, multinacionais, certamente buscariam proteção contra o risco de desvalorização cambial. Estavam dispostas a pagar para ter a garantia de um dólar a R$ 1,20 ou mais.
De sua parte, a Fazenda e o Banco Central empurrariam o dólar para baixo através de um estratagema: a garantia tácita de que o dólar não passaria de R$ 1,00; mas nenhuma garantia sobre o tanto que ele poderia cair. Com os juros elevadíssimos, praticados no início do Real, os investidores seriam estimulados a vender dólar a preços abaixo de R$ 0,90, sabendo que, com as taxas de juros recebidas, e com a garantia de que o dólar não passaria de R$ 1,00, seu risco ser mínimo. A partir do Real, o desemprego explodiu.

Um comentário:

  1. eu me lembro que fortunas acabaram qndo o total do dinheiro fora dividido por 3. n sou tao velho assim. parabens!

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