sábado, 11 de julho de 2009

O papa falido

O papa Bento XVI agora é a favor da intervenção estatal e regulamentada de governos ou de um governo forte sobre a economia. Meus caros leitores, agora o papa está contra a liberdade financeira do neoliberalismo, contra o manicômio do mercado de finanças e luta por justiça social. Será?

Temos um papa socialista? Ou temos um burguês irritado com a queda de 45% das doações voluntárias para a Igreja?

Temos mais um discípulo de Keynes? Ou temos o Banco do Vaticano quebrado, por ter perdido milhões de euros durante a crise internacional?

Temos um cristão que ama a todos como a ele mesmo? Ou temos uma Igreja que teve um déficit de um bilhão de euros de 2008 para 2009?

Temos no papa uma esperança para o futuro do planeta? Ou temos um desespero do Vaticano ao vender 15% de suas terras pelo mundo para pagar as faraônicas dívidas vindas da crise?

O discurso do papa é exatamente igual à conversa de todos os perdedores oriundos da crise financeira internacional. Todos eles estão recorrendo ao Estado e fazendo um marketing pessoal na defesa dos pobres afetados pela recessão. Estamos vivendo novamente naquele saudoso tempo do “dar um passo para trás para dar dois na frente”. O Estado hoje renasce já com data marcada para morrer. Nenhum burguês ou banqueiro quer intervenção na economia. O enriquecimento sem limites implica em um capitalismo sem limites, portanto é só questão de tempo.

Portanto digo caros leitores, o capitalismo não mudará. O neoliberalismo não morrerá e a economia mundial continuará sendo uma trágica partida de pôker. Os ricos continuarão ricos, os pobres permanecerão “em desenvolvimento” e o Vaticano continuará falido. Que Deus nos ajude!

Felipe Liberal

Um comentário:

  1. Obrigada pela visita Felipe,mas também gostei da visão crítica das tuas postagens, parabéns.

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